terça-feira, 21 de setembro de 2021

Agrumi - Tridimensional

 


Conceito: Cor, Luz e Forma dos Cítricos expressando emoções.

 Frutas cítricas com o aroma ácido e adocicado são vistos pela aromatologia como indutores de motivação e alegria. 

Limão siciliano por exemplo é um poderoso desintoxicante, atuando no sistema linfático, ativando a circulação sanguínea e melhorando a irrigação dos tecidos. Age limpando impurezas, toxinas e gorduras. É rico em d-limoneno, componente indutor das enzimas da glutationa (antioxidante regenerador natural do nosso corpo), aumentando sua atividade e eficácia de ação.

Laranja doce,  tangerina e a vibrante citrus ( laranja sanguínea)  do ponto de vista emocional são sedativas e calmantes.  Combatem insônia, estresse e agitação, despertam a alegria e recuperam o entusiasmo pela vida dissipando a negatividade. Energeticamente purificam vibrações emocionais altamente carregadas ativando a criatividade e a comunicação.

 

Além do aroma estas frutas apresentam uma gama de cores  que se harmonizam perfeitamente. Muitas referências no campo da arte e da naturologia destacam a importância da vibração das cores e seu efeito nos organismos humanos.

Maurice Seraut argumentava que  combinações de cores podem ser alegres, serenas ou tristes. Assim  a "alegria do tom é a dominante luminosa, a da cor a dominante quente, e a da linhas  as linhas sobre horizontal"

Van Gogh  sentia as cores e expressava seus sentimentos através delas.

Matisse, Riley, Seraut trabalharam relacionaram cor e forma em seus trabalhos de pintura.

A forma idealizada neste projeto pretende tridimensionalizar alguns destes conceitos  usados na pintura, transmitindo através de forma, cor e luminosidade a vibração contida nos cítricos da natureza.

A disposição das lâminas de contas,  sobre a base espelhada e refletora de luz e cor,  simula a disposição dos gomos de frutas cítricas.

 

Técnica

O trabalho desenvolvido deveria atender alguns conceitos  ou qualidades visuais da forma entre os seguintes:

- Equilibrio / Instabilidade

- Excesso / Minimalismo

- Fragmento / Unidade. 

* Ver texto abaixo


 
Material

Material principal, e de referência , são contas coloridas opacas e translúcidas  em resina. Os materiais acessórios de suporte são a base espelhada, placas circulares de madeira, espelhos circulares e colas.


 

Evolução do projeto

No intuito de representar as frutas cítricas e a aura de luminosidade que as envolve  foram trabalhadas contas coloridas e espelhos.

Inicialmente  o projeto previa contas coladas umas nas outras , formando superfícies circulares e planas. Estas seriam dispostas  na representação estilizada dos gomos das frutas, sobre base espelhada ,  intercaladas por espelhos planos e circulares  a fim de multiplicar visualmente luz, cores e formas.

Entretanto pela indisponibilidade de uso de adesivo efetivo optou-se pela montagem em placas circulares  de madeira aglutinada.

As cores usadas representam as encontradas naturalmente em frutos do passando do  verde ao amarelo, laranja e  vermelho alaranjado.

 *Texto complementar

* Técnicas de Comunicação Visual  ( Donis A. Dondi)

As técnicas visuais oferecem ao designer uma grande variedade de meios para a expressão visual do conteúdo. Existem como polaridades de um continuum, ou como abordagens desiguais e antagônicas do significado. A fragmentação, o oposto da técnica da unidade, é uma excelente opção para demonstrar movimento e variedade.

 Como funcionaria enquanto estratégia compositiva que refletisse a natureza de um hospital? A análise dessa natureza e um projeto que a representasse em termos compositivos deveria seguir o mesmo padrão, em busca de descrições verbais eficazes. 

Sem dúvida, a "fragmentação" enquanto técnica é uma péssima escolha para fazer uma associação com um centro médico, embora seja ótima para dar mais vida ao anúncio de uma quermesse paroquial. O significado interior de ambos os exemplos determina as opções de que dispõe o designer para representá- los. 

Essas opções constituem o controle do efeito, o que vai resultar numa composição forte. As técnicas visuais não devem ser pensadas em termos de opções mutuamente excludentes para a construção ou a análise de tudo aquilo que vemos. 

Os extremos de significado podem ser transformados em graus menores de intensidade, a exemplo da gradação de tons de cinza entre o branco e o negro. Nessas variantes encontra-se uma vastíssima gama de possibilidades de expressão e compreensão. 

As sutilezas compositivas de que dispõe o designer devem-se em parte à multiplicidade de opções, mas as técnicas visuais também são combináveis e interatuantes em sua utilização compositiva. 

É preciso esclarecer um ponto: as polaridades técnicas nunca devem ser sutis a ponto de comprometer a clareza do resultado. Embora não seja necessário utilizá-las apenas em seus extremos de intensidade, devem seguir claramente um ou outro caminho. Se não forem definíveis, tornar-se-ão transmissores ambíguos e ineficientes de informação. 

O perigo é especialmente sério na comunicação visual, que opera com a velocidade e o imediatismo de um canal de informação. Seria impossível enumerar todas as técnicas disponíveis, ou, se o fizéssemos, dar-lhes definições consistentes. 

Aqui, como acontece a cada passo da estrutura dos meios de comunicação visual, a interpretação pessoal constitui um importante fator. 

Contudo, levando-se em conta essas limitações, cada técnica e seu oposto podem ser definidos em termos de uma polaridade.

 

Técnica Pastel - Aula


 

Técnica Pastel Oleoso - Pintura

Foto de Vivien Zanlorenzi

Alice  Pintando -

Alice pintando...

Forças coloridas em  mãos trêmulas

Imersão que abriga de torvelinhos ruidosos

Cabelos evadidos  em ventos de sobrevida

Sofrida, dolorida, aguerrida.

Antiga e renovada Alice...

 

 

Evolução  da Tarefa

 * Em andamento.


 



 


Técnica: Pastel Oleoso sobre tela , 21cm x 30cm


A técnica do Pastel- Pintura

 

 
 





* Material compilado pelo professor Wagner Jonnasson para aula de Pintura II

























quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Visitando Museus - Patrimônio Cultural

 


1.Liste os museus que você conhece em Curitiba o na sua região

- Museu Oscar Niemeyer - O mais lindo!

- Museu de Arte Contenporânea do Paraná.

- Museu Alfredo Andersen

- Museu do Expedicionário

- Museu Guido Viaro

- Museu Ferroviário

- Museu Paranaense / Museu do Paço Municipal.

- Museu do Perfume -Boticário ( realocado em SP)

- Museu de História Natural Capão da Imbuia

- Museu Egípcio e Rosacruz

- Museu Botânico

- Memorial de Curitiba

- Museu do Automóvel

- Casa Romário Martins

- Solar dos Leões

 

2. Liste os museus que conhece fora da cidade

 - Pinacoteca de São Paulo - SP- O mais lindo!

- Sala / acervo de perfumaria da Givaudan - SP ou RJ?

- Museu do Perfume - Perfumart -SP

- MASP - Museu de Arte de São Paulo

- Museu de Arte Sacra de São Paulo

- Casa das Rosas - SP

- Estação Pinacoteca - SP

- Museu "sem nome"  - Florianópolis/ Enseada

- Museu Campos Gerais - Ponta Grossa

- Malba/Museu Nacional de Bellas Artes - Buenos Aires


3.Liste os museus que você sabe existir no Brasil e no mundo 

Quantos peixes tem no mar?...Por aí.

Mas pretendo conhecer alguns aqui e fora daqui.

Por exemplo: Museu de Arqueologia Costão do Santinho em Floripa; Museu de Etnologia e Arqueologia da UFPR em Paranaguá; Gallerie Degli Uffizi em Firenze; Museus de Ouro preto; Museo del Vetro em Murano;  Musée International  de La Parfumerie em Grasse; MoMA em NY; Museu Britânico em Londres, Museu de Historia Natural em Londrees; Museum de Parfum em Paris ... obviamente o Louvre... e o que mais vier...


 4.Conte qual foi o primeiro museu que conheceu (nome e local).

Descreva essa visita. 

Conte: com quem você estava, que idade você tinha, qual a impressão que teve, se gostou, não gostou, achou o quê e porque? Detalhe algo que lhe impressionou.

A memória mais antiga que tenho é do Museu Expedicionário de Curitiba.

Deveria ter aproximadamente uns 13 anos, e creio que fui parar neste Museu devido a curiosidade da minha mãe. 

Ela relatou em algum momento que meu pai fora convocado  (ou se apresentara) pela Força Expedicionária Brasileira  chegando na região da tomada de Monte Castello,  no momento da última investida. Havia a dúvida se ele participou ou não da batalha  neste  ato final da Guerra.

Fiquei impressionada com os armamentos,  fotos de militares e toda parafernália de combate, mas lembro de ter pensado que guerras e revoluções eram situações estúpidas.

Outra memória antiga é da Casa Andrade Muricy que foi edifício destinado às  repartições públicas, nos anos 70 se transformando em ambiente cultural. A recordação que tenho é de Museu. Recordo a penumbra que envolvia as salas, o ranger das madeiras, o cheiro de biblioteca e o ar de mistério. Das peças expostas a memória é nebulosa, mais artefatos e esculturas do que pinturas. Não relaciono nitidamente quem estava comigo.Talvez tenha sido uma exposição visitada para algum trabalho escolar. Tenho a vaga impressão que estava com amigas.

Todas as sensações sobre os lugares em si foram boas. As pessoas que me acompanhavam ficaram em segundo plano pois a  contemplação não foi dividida.  Sempre me atraiu este debruçar sobre as páginas do passado,  observar o homem e suas obras, acertos e erros.

Realismo - História das Artes Visuais

 

Bonjour Monsieur Coubert - Gustave Coubert, 1854  - óleo sobre tela

Avaliação do 2º Bimestre - Realismo de Gustave Coubert



Resposta 1

Gustave Coubert, pintor francês nomeou um movimento surgido em 1898, que procurava representar a Natureza tal como ela é, homens do campo e  trabalhadores em situações do cotidiano. Não enaltecia a beleza nem a graciosidade idílica presente ao retratar nobres da corte.

Em 1855 Gustave abriu uma exposição individual num barraco em Paris  denominada "Le Réalisme, G.Coubert", marcando um novo estilo na arte.

A pintura de Coubert era  expressão das suas idéias, um protesto contra as convenções sociais e os clichês existentes nas academias. Procurava a sinceridade artística afastando-se do preciosismo  de artistas  que idealizavam a Natureza,  obtendo beleza a custa da verdade.

Desta forma a citação - Eu não posso pintar um anjo porque nunca vi nenhum - era um reflexo da sua intransigente sinceridade artística,  por ele mesmo declarada numa carta em 1854:

-"Espero sempre ganhar a vida com minha arte, sem me desviar um milímetro dos meus princípios, sem ter mentido à minha consciência nem por um único momento, sem pintar sequer o que pode ser coberto pela palma da mão só para agradar alguém ou para vender mais facilmente."

Resposta 2

Os Quebradores de Pedra

Ficha Técnica 

Ano: 1849 

Técnica: óleo sobre tela 

Dimensões: 159 x 259 cm 

Estilo: Realismo

 Localização: Dresden, Alemanha*

* Esta pintura foi destruída num bombardeio em 1945 durante a Segunda Grande Guerra Mundial 

 Por volta de 1848 aconteceram várias revoluções na Europa Central e oriental motivadas pelas crises econômicas, pelos governos autocráticos, recém eleitos, que privilegiavam a classe burguesa provocando reações fortes nos mais pobres. 

Na tela acima Coubert representa justamente um trabalhador braçal que vivia em situação de pobreza sem expectativas quanto ao futuro. O jovem em postura e vestimenta similar pode ser interpretado como um filho que terá o mesmo destino de trabalho árduo mal recompensado. 

Ambos retratam uma parcela menos favorecida do povo, o que desgostava tanto republicanos como socialistas da época provocando revoluções passageiras porém marcantes.

Pode-se observar no entorno, na escolha de cores e  gestual a preocupação em destituir a imagem de artificialismos se aproximando da realidade como se apresentava.

O Realismo

A primeira onda de rebeldia artística na França que atravessava períodos de revoluções aconteceu com Delacroix . Não aceitava os padrões da academia , as extensas aulas  sobre arte grega e romana, a busca do desenho perfeito e a imitação constante das estátuas. Acreditava mais na importância da cor do que na do desenho. 

No momento em que o estilo 'grandiloquente' de Rafael estava em alta  Delacroix afinava com Rubens e os pintores venezianos. Exemplo disto é a pintura de cavalete "Cavalaia Árabe Fazendo uma Investida", 1852. destituída de contornos claros, com menos modulações de sombra e luz, nem poses comedidas, tema patriótico e edificante. Apenas uma cena romântica e colorida que o impressionou.

Coubert também reagiu a Academia de Artes e constituiu a segunda reviravolta abraçando a ideia de reproduzir a natureza e o cotidiano das pessoas humildes tal qual como eram, sem a magnificência de Rafael.

A terceira expressão deste movimento foi iniciada por Edouard Manet que junto a colegas protestava contra as pinturas executadas na artificialidade de estúdios, que usavam efeitos de luz sobre os modelos.  Preferia representar figuras humanas e objetos  sob as condições da Natureza ( plein air = ao ar livre) privilegiando o efeito plano de meras manchas, as pinceladas que sugeriam movimento e o uso da cor  e da forma refutando técnicas convencionais  de harmonia.

 


segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Pastel a Óleo

CARACTERÍSTICAS - Pastel a Óleo

 REALCE

.O pastel a óleo se presta a destaques. Seu material cremoso e o rico poder de coloração promovem os gráfismos e o desfoque. Uma linha gráfica simples em pastel de óleo com  sua textura macia valoriza o caráter de uma obra, em desenho, gravura, foto, olaria ... 

Folha de árvore desenhada em nanquim e giz sobre traços de grafite e tinta lavada. Suporte: Papel vergé. 

Pastel de óleo  foi usado de três maneiras para destacar a parte inferior da folha: 

- pastel  meio diluído  amarelo dá  dá um tom quente 

- à esquerda, as linhas traçadas muito levemente em tinta naquim têm a textura de um véu sobre tons de verde mostarda 

- no centro, uma linha vertical traçada com bastão em duas passagens sobrepostas, ganha relevo graças à dupla espessura do traço  e também do contraste com a linha preta em nanquim, cujo relevo é plano.

Dica: Utilizado sobre um fundo de pintura já trabalhado, liso ou áspero ou sobre uma colagem, por exemplo, o pastel a óleo confere luminosidade, sensualidade, brilho à obra assim reabilitada.

MIXAGEM

- O pastel de óleo é bastante resistente à mistura com outros meios. 

- Nas camadas se observa  a regra da gordura sobre a magra em camadas. - espalhe sempre uma camada oleosa sobre uma camada menos oleosa - e não o contrário, a menos que queira que as camadas inferiores subam à superfície. 

*Ocasionalmente  uma mixagem frustrada pode causar efeitos inesperados!

 Exemplo de progressão no aumento da gordura: comece a trabalhar sobre uma base acrílica ou tinta. Em seguida, pinte com pastel a óleo diluído em terebintina e finalize com reflexos de pastel a óleo direto do bastão. 

-  A tinta a óleo não adere ao pastel a óleo, mas o pastel a óleo pode cobrir a tinta a óleo. O pastel a óleo tem a capacidade de cobrir todos os tipos de tintas e desenhos menos oleosos do que eles: têmpera, aquarela, acrílico, tinta etc. Neste caso, muitas vezes acontece que a pasta dúctil do pastel deixa transparecer pelo relevo da parte inferior e também pelos resquícios de desenho ou cor, o que enriquece o material. 

- O pastel a óleo aceita bem a tinta encáustica, devido à mistura harmoniosa de camadas de cera entre elas. Técnicas a seco como giz, pastel seco, carvão, em tese, não combinam bem com o pastel a óleo que tende a lubrificar o pó desses materiais.Usar o material de forma rudimentar, em composições simples e límpidas, é uma forma de preservar as qualidades de brilho cremoso das cores… cf. No entanto, uma reaproximação pode trazer boas surpresas.

A crimpagem , mistura de dois materiais com a deformação de um ou ambos,  é possível  com pastel de óleo em uma superfície seca de pastel. Um pouco de gordura fará brilhar o pó etéreo do pastel seco na borda dos doi materiais e realçará o pó fino não misturado que permaneceu fosco. Além disso, o relevo untuosamente pesado do pastel a óleo contrastará lindamente com a sutileza vaporosa do pó do pastel seco.

PROCEDIMENTOS ACESSÓRIOS

-  Incisão:  na camada macia de pastel de óleo, incisões ou outras gravações podem ser feitas facilmente. Por exemplo, sulcos traçados com chumbo de grafite na camada de cor, darão efeitos esmaltados e particionados prateados. 

- Esculpir:  o pastel de óleo, graças à cera, torna-se maleável com o calor. Usando uma faca de pintura, aquecida de antemão, amoleça a massa para modelá-la. 

- Ornamentação: incorpore qualquer material estável à pasta quente como  pigmentos, areia, cacos de vidro, metal, etc. 

DICA

 - Usar o material de forma rudimentar, em composições simples e límpidas, é uma forma de preservar as qualidades de brilho cremoso das cores. 

Referência Marye Joffre

Técnicas Mistas - Dicas

 


Motivos para usar técnicas mistas.

- Para desfrutar das vantagens de cada um como a luminosidade do óleo, aliada à secagem muito rápida do acrílico;

- Usar a ternura da aquarela sublinhada pela dureza do lápis.

-  Para acentuar os relevos sobrepondo  materiais: pintura em pastel e pasta de modelagem.

-  Encontrar nuances impossíveis de obter com uma única técnica: os “desenhos com três lápis” se baseiam desde o século XVI numa alternância de giz preto, giz vermelho e giz branco, três médiuns complementares. 

- Para proteger uma obra, mesmo que sua natureza seja alterada: guache ou aquarela sobre pastel, por exemplo.

 Os pares perfeitos: meios secos e meios molhados 

- Todos os meios secos são compatíveis entre si e têm propriedades comuns: trabalho gráfico ou desbotado, diluição possível ... O mesmo vale para técnicas à base de água: aquarela, guache, tinta ou pastel wash, etc.

- Um meio seco pode ser usado diluído ou não dentro do mesmo trabalho. 

-  Tinta e meios secos se sobrepõem, desde que os tempos de secagem sejam respeitados.

-  Os meios secos e úmidos podem ser aplicados na ordem de sua escolha, com resultados diferentes: alguns traços de carvão energizam a aquarela; passada em segundo lugar, escurece à medida que se mistura com o material de carvão.

- É possível aplicar meio seco sobre camada úmida desde que se manuseie com cuidado e sobre papéis resistentes.  

Atenção:   Água e óleo são frequentemente apresentados como inimigos. No entanto, um "sous couche" de guache ou acrílico é compatível com a pintura a óleo. Por outro lado, o inverso é mais incerto: o óleo apodrece o substrato. O sous coucher é uma tinta, chamada de sous coucher, primer ou mesmo tinta primer. Muitas vezes mais líquido que uma tinta, é enriquecido com componentes que permitem padronizar o suporte, "bloqueá-lo" para que não "beba" sua tinta de acabamento, e aderir perfeitamente (mesmo em ferro, plástico ... com primers de ligação especiais). O sous coucher é geralmente de cor branca, mas também pode ser matizado para obter belas cores com a pintura de trás (especialmente no contexto de tons muito escuros). É aplicado na primeira demão, depois de terminada a preparação do seu suporte (preenchendo buracos e fissuras, possível alisamento com uma demão, lixamento) e antes das camadas de tinta.

Exemplos de Técnicas Mistas.

 -Pastel e massa de modelar: A massa de modelar  permite criar relevos marcados. Depois de seca, pode ser coberta com pastel seco, o pó depositando-se nas cavidades.

- Pastel e guache: a tinta captura o material e ganha volume. 

- Cera e pastel ou tinta: a cera repele a água, mas aglutina as partículas de meios em pó (à base de pó). Também permite, uma vez raspado, revelar parcialmente o sous couche

- Lápis e pastéis: os primeiros se prestam ao trabalho gráfico, os segundos aos efeitos coloridos. Juntos, eles criam ou animam volumes, reforçando o caráter do motivo.

Dica: incorporar outros materiais 

- Vários materiais usados ​​na aquarela úmida criam texturas originais: esfregando penas, areia ou arroz empoeirado e removido soprando suavemente ... também se  pode colar vários materiais nas obras: papel, fotos, textos impressos, casca de madeir... 

Erros a Evitar

- Misturar muitos meios: É conveniente, pelo menosao iniciar, limitar-se a dois meios, para aprender as sutilezas. 

- Tentar todas as misturas: exagerar é um problema! 

- Usar  médiuns ao acaso: os  pontos fortes serão expressos melhor se for respeitado o modo de uso. 

- Não preparar o suporte: usar papel resistente à água e esticá-lo antes de trabalhar. Caso contrário, ficará irreparavelmente deformado.

Pastel Seco

 

 


Degas – “Bailarina amarrando a sapatilha”, 1885. Pastel sobre papel, 19 x 24 in. Coleção da The Dixon Gallery and Gardens, Memphis, Tennessee

Técnica

A técnica de giz pastel representa uma elegante maneira de “pintar a seco”.Leonardo da Vinci. 

É uma técnica que emprega pequenas barrinhas de pigmentos secos misturados com um agente aglutinante, que pode ser simplesmente água ou geralmente “goma adragante” . 

 O Pastel é pigmento puro. O mesmo pigmento que se utiliza para diversas técnicas de pintura artística, como óleo, aquarela e acrílica.

Pastel seco é   diferente dos pastéis oleosos, que têm um aglutinante  oleoso. E também de gizes de baixo teor de cor e outra presença de pó de corte, como giz ou argila.

Nascido para apoiar a técnica do desenho, o pastel atingiu o máximo de elaboração técnica no século XVIII. 

Rosalba Carriera foi uma das artistas que usou a técnica em retratos, obtendo  nuances delicadas e peroladas. Alcançou esses resultados equilibrando a secura do meio com o uso de substâncias orgânicas, incluindo cera de ouvido. Todo pastelista tinha alguns segredinhos, pois o meio é de grande efeito, principalmente na renderização da luz,. No entanto requer alguns exercícios e uma forma adequada de abordagem.  

 Para evitar que a cor caia com o tempo, o pastel necessita de uma ligeira fixação.  É necessário borrifar o spray fixador longe do papel  evitando que o mesmo se molhe. 

 


Edith Blin, “Bailarina de tutu amarelo” – Pastel sobre cartolina preta, 1957

Composição 

Pigmento e aglutinante! O pigmento é aplicado praticamente em seu estado natural, por esta razão oferece ao artista a pureza total das cores. As pinturas a pastel são muito mais intensas, estáveis e duráveis, quando comparadas com todas as outras técnicas existentes.

Por não possuírem nenhum agente líquido como os presentes em todas as outras técnicas (óleos, resinas e vernizes), não sofrem de todos os seus problemas. Desta forma não apresentam alteração e escurecimento das cores após a secagem, amarelamento das resinas e vernizes, rachaduras ou empolamentos no decorrer do tempo. 

 Luminosidade

A grande luminosidade se deve ao uso mínimo de um veículo-aglutinante tão mínimo, subtil e inerte levando à alta concentração de pigmentos.

Não existe outra técnica com esta saturação de tons e estabilidade das cores ao longo prazo, ou com o mesmo poder de cor. As pinturas e desenhos feitos a pastel refletem a luz como um prisma, sem escurecer permitindo cores extremamente saturadas e luminosas. 

 Suportes

Papel é o suporte mais indicado para pintar em pastel seco, já que oferece condições de fixação ou de aderência dos pigmentos em pó. No entanto pode-se usar qualquer superfície de textura aveludada, corrugada ou finamente áspera . Os papéis do tipo Arches de grande gramatura são os mais adequados. Podem também ser usados papéis colorido do tipo Ingres, Miteintes, Tizziano, Carmem ou similares.

Durabilidade

 Existem trabalhos em pastel do século XVI que exibem até hoje a mesma frescura que tinham no dia em que foram pintados. Marcas de giz pastel de alta qualidade geram  obras permanentes e de longevidade indeterminada. 

Se combinados com um papel durável e adequadamente conservadas, devido à qualidade dos materiais e pigmentos, as cores são altamente resistentes ao desbotamento. 

Este material tem uma classificação quanto ao seu grau de fugitividade (ligthtfastness) segundo a ASTM (American Society of Testing and Materials) como categoria “1” (Excelente) Esta classificação se refere a: pigmentos sem nenhuma tendência fugitiva, ou seja, sua cor não se altera quando exposto à luz.

Pintura ou Desenho?

Quando o suporte é completamente coberto com o pastel, o trabalho é considerado uma pintura a pastel. Se boa parte do suporte é deixado exposto é chamado de esboço a pastel ou desenho. 

Técnica de Pintura 

As cores são aplicadas diretamente com as barras de pastel sobre o papel ou qualquer outra superfície a utilizar. A mistura dos tons é naturalmente obtida esfregando com os próprios dedos ou com um esfuminho sobre a pintura. 

As barrinhas costumam ser de forma cilíndrica o que favorece o uso com rotações livres, o desenho de finas linhas com as arestas das bordas, e o preenchimento de amplas áreas com a barra deitada lateralmente. 

Também podem ser quebrados para se produzir arestas pontiagudos quando necessário para os detalhes nítidos e precisos. Os erros podem ser consertados com a utilização de uma "borracha pão" ( limpa tipos ou a tradicional borracha de vinil e podem ser quase completamente removidos. 

Os brilhos e clareamentos podem ser obtidos com toques leves de “borracha miolo de pão".

É possível trabalhar  o giz pastel como técnica única ou como um material complementar de outras técnicas. Pode ser combinado com a tinta aquarela, guache, acrílica, carvão ou lápis de grafite em pintura de técnicas múltiplas, combinadas para se obter efeitos diferenciados.

O pastel é técnica extremamente direta e íntima, dispensando a necessidade de qualquer outro instrumento intermediário, como pincéis ou espátulas. São utilizadas apenas as mãos e os dedos diretamente sobre a pintura  o que confere caráter de interação do artista com sua pintura . proporcionando  personalidade a cada trabalho. Tem boa textura ao tato e as vezes é aromático.

Estilos

Os Pastéis são ideais para criar pinturas intuitivas com movimentos largos,e firmes. É uma técnica apreciada para a pintura de paisagens naturais e retratos de pessoas por suas características de fusão das cores de forma muito sutil. Os gradientes suaves e diluídos são adequados na representação de peles, céus, nuvens, terrenos, vegetações, tecidos e similares, tornando esta técnica uma opção  para composições expressivas. Também é atraente para a pintura de grandes painéis, pois ao observá-los de certa distância a pintura e as cores se fundem de modo tão natural que o efeito é extraordinário.

História

 A técnica do pastel foi mencionada pela primeira vez por Leonardo da Vinci em 1495 e a  invenção é atribuída ao pintor alemão Johann Thiele. 

O pastel tem origem francesa e faz parte do clima experimental das décadas do Renascimento. Também é possível reconhecer a autoria desta invenção ao pintor Jean Perréal (1455-1530).

Leonardo da Vinci (1452-1519) em seu “Codex Atlanticus” no fólio 247, falou de “… uma nova técnica de pintura com diferentes cores secas…e no século XVIII ela passa de uma técnica de estudo a um meio para obras acabadas. 

O pastel caiu em desuso com a chegada da Revolução Francesa e, na sua versão seca, caracterizou sobretudo a obra de  Edgar Degás (1834-1917), que foi o primeiro pastelista entre os impressionistas.

Entretanto foi a artista Rosalba Carriera (1675-1750), quem utilizou realmente o giz pastel como material de pintura e não apenas para desenhar esboços. Ao longo do tempo esta técnica foi escolhida por grandes Mestres da Pintura como: Edgar Degás, Renoir, Manet, Delacroix e Toulouse-Lautrec.

Recomenda-se ao artista que deseje pintar com pastel estudar as obras de de La Tour e do seu contemporâneo Perronneau (1715-83), os retratos mais sérios de Chardin (1609-1779) e as inúmeras técnicas aplicadas por Degás, Edouard Manet e La Trec.

Referência:Técnica de Giz Pastel ou Pastel a Seco; Stille Art; Arte na Rede