Bonjour Monsieur Coubert - Gustave Coubert, 1854 - óleo sobre tela
Avaliação do 2º Bimestre - Realismo de Gustave Coubert
Resposta 1
Gustave Coubert, pintor francês nomeou um movimento surgido em 1898, que procurava representar a Natureza tal como ela é, homens do campo e trabalhadores em situações do cotidiano. Não enaltecia a beleza nem a graciosidade idílica presente ao retratar nobres da corte.
Em 1855 Gustave abriu uma exposição individual num barraco em Paris denominada "Le Réalisme, G.Coubert", marcando um novo estilo na arte.
A pintura de Coubert era expressão das suas idéias, um protesto contra as convenções sociais e os clichês existentes nas academias. Procurava a sinceridade artística afastando-se do preciosismo de artistas que idealizavam a Natureza, obtendo beleza a custa da verdade.
Desta forma a citação - Eu não posso pintar um anjo porque nunca vi nenhum - era um reflexo da sua intransigente sinceridade artística, por ele mesmo declarada numa carta em 1854:
-"Espero sempre ganhar a vida com minha arte, sem me desviar um milímetro dos meus princípios, sem ter mentido à minha consciência nem por um único momento, sem pintar sequer o que pode ser coberto pela palma da mão só para agradar alguém ou para vender mais facilmente."
Resposta 2
Os Quebradores de Pedra
Ficha Técnica
Ano: 1849
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 159 x 259 cm
Estilo: Realismo
Localização: Dresden, Alemanha*
* Esta pintura foi destruída num bombardeio em 1945 durante a Segunda Grande Guerra Mundial
Por volta de 1848 aconteceram várias revoluções na Europa Central e oriental motivadas pelas crises econômicas, pelos governos autocráticos, recém eleitos, que privilegiavam a classe burguesa provocando reações fortes nos mais pobres.
Na tela acima Coubert representa justamente um trabalhador braçal que vivia em situação de pobreza sem expectativas quanto ao futuro. O jovem em postura e vestimenta similar pode ser interpretado como um filho que terá o mesmo destino de trabalho árduo mal recompensado.
Ambos retratam uma parcela menos favorecida do povo, o que desgostava tanto republicanos como socialistas da época provocando revoluções passageiras porém marcantes.
Pode-se observar no entorno, na escolha de cores e gestual a preocupação em destituir a imagem de artificialismos se aproximando da realidade como se apresentava.
O Realismo
A primeira onda de rebeldia artística na França que atravessava períodos de revoluções aconteceu com Delacroix . Não aceitava os padrões da academia , as extensas aulas sobre arte grega e romana, a busca do desenho perfeito e a imitação constante das estátuas. Acreditava mais na importância da cor do que na do desenho.
No momento em que o estilo 'grandiloquente' de Rafael estava em alta Delacroix afinava com Rubens e os pintores venezianos. Exemplo disto é a pintura de cavalete "Cavalaia Árabe Fazendo uma Investida", 1852. destituída de contornos claros, com menos modulações de sombra e luz, nem poses comedidas, tema patriótico e edificante. Apenas uma cena romântica e colorida que o impressionou.
Coubert também reagiu a Academia de Artes e constituiu a segunda reviravolta abraçando a ideia de reproduzir a natureza e o cotidiano das pessoas humildes tal qual como eram, sem a magnificência de Rafael.
A terceira expressão deste movimento foi iniciada por Edouard Manet que junto a colegas protestava contra as pinturas executadas na artificialidade de estúdios, que usavam efeitos de luz sobre os modelos. Preferia representar figuras humanas e objetos sob as condições da Natureza ( plein air = ao ar livre) privilegiando o efeito plano de meras manchas, as pinceladas que sugeriam movimento e o uso da cor e da forma refutando técnicas convencionais de harmonia.
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